Para provar tal afirmação, basta lembrar que os Gregos lhe consagraram um Deus: Dionísius, que na mitologia Romana passou a designar-se por Bacus.
Também Homero na Ilíada e na Odisséia se refere aos vinhos romanos.
A vinha chega ao território que mais tarde viria a ser Portugal provavelmente com os Tartécios, em 2000 AC.
Mas foram os romanos que expandiram a cultura da vinha mais ou menos por toda a bacia mediterrânica.
É de salientar o papel importante da Igreja Católica na difusão da vinha e generalizaçãodo uso do vinho.
A Igreja Católica consagrou o pão, mas também o vinho, passando este a fazer parte do ritual sagrado da missa. Com a necessidade de obterem o chamado vinho de missa, os monges tornaram-se os grandes impulsionadores e mestres da cultura da vinha e do fabrico do vinho.
Durante o domínio dos Mouros na Península Ibérica, a cultura da vinha e fabrico do vinho foram muito prejudicados, visto que o Islão proibe o consumo de álcool.
No início da Nacionalidade já a produção e comércio de vinho mereciam, por parte dos nossos monarcas, especial atenção, que, de tempos a tempos, lhe concediam Forais e Cartas Régias.
Os Reis D. Dinis e D. Fernando protegeram o comércio do vinho aos Judeus.
Foi com o Marquês de Pombal que definitivamente a vinha conquistou o seu grande estatuto entre nós. É sob as suas ordens que é demarcada a região do Douro em 1756, tendo para tal sido criada a Companhia Geral de Agricultura das Vinhas do Alto Douro, o que corresponde, na prática, à demarcação da primeira região vinícola do mundo.Em 1864 surge em França a terrível doença mortal, Filoxera, que dizimou practicamente toda a vinha da Europa. Para combater tal doença, recorreu-se à importação de videiras americanas, cujas raízes não eram atacadas por esta doença. Porém, ao solucionar este problema, criou-se um outro, dado que se atribui às videiras americanas a propagação do Míldio, doença que se tem mantido até os nossos dias e que origina custos elevados nos cuidados e protecção da vinha.
É impossível falar do vinho e do seu valor alimentar sem lembrar a célebre figura de Pasteur e os estudos por ele efectuados sobre o vinho e as suas descobertas. Pasteur disse uma célebre frase: O vinho é a mais sã e higiênica das bebidas.
A mais sã, pois num vinho normal não existem micróbios que nos causem doenças, o que não acontece, por exemplo, com a água. Uma bebida higiênica pois, tomada nas devidas proporções, contribui para a nossa saúde.
Concorre ainda para a nossa alimentação, visto que contém substâncias minerais diversas. É contudo necessário tomá-lo com: conta, peso e medida.