Programa “Momento Ser” da Fatec São Roque abre espaço de escuta para alunos com dificuldades
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A primeira Festa do Vinho realizada em São Roque aconteceu em julho de 1942. Foi o primeiro evento do Brasil vinculado à produção e comercialização da bebida.
O local escolhido para a sua realização foi o Largo dos Mendes, o Campo da Associação, como era mais conhecido. A Festa nasceu por sugestão do Dr. Cláudio Cecil Roland, apresentada e aprovada em reunião do Rotary Clube, à época presidido pelo Dr. João Gabriel Pinto da Costa, prefeito do município.
Espetáculos folclóricos apresentados por dançarinos das colônias italianas e portuguêsa deram toque todo especial ás primeiras Festas do Vinho de São Roque, realizadas no Largo dos Mendes. Em carros alegóricos, criativamente adornados, a rainha da festa e seu séquito de princesas desfilavam pelas ruas da cidade, dando maior brilho à promoção.
A convite da Comissão Organizadora, degustadores especialistas conduziram memoráveis concursos de vinhos, conferindo prêmios aos melhores tipos de cada safra. Assim, de forma dinâmica e muito imaginativa, a Festa do Vinho de São Roque durante o período em que foi realizada no Largo dos Mendes (1942 e década de 50) espelhou de maneira elogiável o período áureo da vitivinicultura local e, com brilhantismo e eficácia incomparáveis, divulgou o vinho, o nome e a imagem de São Roque em todo o território brasileiro.
Num período de 47 anos, isto é, desde sua primeira edição, em julho de 1942, até o presente ano de 1989, a Festa do Vinho de São Roque foi realizada 37 vezes. Em razão da Segunda grande Guerra, o pioneiro evento de 42, apesar do sucesso, acabou não se repetindo no ano seguinte. Voltou a realizar-se somente 10 anos depois. em 1952, ainda no Largo do Mendes, e assim prosseguiu, anualmente, por toda a década de 50 com excessão de 1958, um ano desfavorável para todo o município.
Na década de 60, o quase explosivo aumento da clientela turística determinou a necessidade de mudança de local da realização da Festa do Vinho. Uma área de mais de 2.0 mil metros quadrados, situada no bairro do Junqueira, margeando a rodovia Raposo Tavares, foi escolhida para sediar o evento ali promovido pelas décadas de 60, 70, 80, até o ano de 1988.
Transferido seu local de realização para amplo recinto, no bairro do Junqueira, a Festa do Vinho de São Roque irá transformar-se, a partir da década de 60, num dos maiores eventos de massa do Estado. A proximidade com São Paulo e a disponibilidade de transporte coletivo por si já dão conta de explicar a presença, por vezes, de ::>0 a 100 mil pessoas, em um só dia, em São Roque. O custo acessível do vinho e a promoção de shows com artistas populares acabam de esclarecer, inclusive, a atração que a festa passou a exercer em pessoas de outros estados, caso mais evidente o do Rio de Janeiro.
A massificação da Festa do Vinho trouxe a perspectiva do lucro imediato e atraiu a atuação de todos os tipos de ambulantes. Dessa maneira, o evento deixou de ser o meio de divulgar uma cidade e seu produto mais típico.
Não se pode definir com exatidão a origem da videira vitis vinífera havendo, no entanto, indícios de que o seu aparecimento seja anterior ao do próprio homem.
Quanto à sua origem contam-se várias lendas, como a que nos diz ter sido Noé o primeiro homem a plantar uma vinha, colher e esmagar as uvas e com o sumo obtido se ter embriagado.
No entanto, através de certas obras de arte encontradas no Médio-Oriente onde estão representadas cenas ligadas ao vinho, sabemos que este já tinha papel importante na vida dos povos no ano de 5000 AC.
A vinha e o vinho foram conhecidos muito cedo no Egipto, existindo testemunhos históricos que representam uma cena de vindima e de pisa de uvas, por volta de 1370/1352 antes da nossa era.
Vestígios encontrados no túmulo do Faraó Egípcio Akenaton, que reinou no Egipto por essa altura, confirmam esses factos.
Contudo, é no decorrer das civilizações Grega e Romana que a cultura da vinha se expandiu.
Para provar tal afirmação, basta lembrar que os Gregos lhe consagraram um Deus: Dionísius, que na mitologia Romana passou a designar-se por Bacus.
Também Homero na Ilíada e na Odisséia se refere aos vinhos romanos.
A vinha chega ao território que mais tarde viria a ser Portugal provavelmente com os Tartécios, em 2000 AC.
Mas foram os romanos que expandiram a cultura da vinha mais ou menos por toda a bacia mediterrânica.
É de salientar o papel importante da Igreja Católica na difusão da vinha e generalizaçãodo uso do vinho.
A Igreja Católica consagrou o pão, mas também o vinho, passando este a fazer parte do ritual sagrado da missa. Com a necessidade de obterem o chamado vinho de missa, os monges tornaram-se os grandes impulsionadores e mestres da cultura da vinha e do fabrico do vinho.
Durante o domínio dos Mouros na Península Ibérica, a cultura da vinha e fabrico do vinho foram muito prejudicados, visto que o Islão proibe o consumo de álcool.
No início da Nacionalidade já a produção e comércio de vinho mereciam, por parte dos nossos monarcas, especial atenção, que, de tempos a tempos, lhe concediam Forais e Cartas Régias.
Os Reis D. Dinis e D. Fernando protegeram o comércio do vinho aos Judeus.
Foi com o Marquês de Pombal que definitivamente a vinha conquistou o seu grande estatuto entre nós. É sob as suas ordens que é demarcada a região do Douro em 1756, tendo para tal sido criada a Companhia Geral de Agricultura das Vinhas do Alto Douro, o que corresponde, na prática, à demarcação da primeira região vinícola do mundo.Em 1864 surge em França a terrível doença mortal, Filoxera, que dizimou practicamente toda a vinha da Europa. Para combater tal doença, recorreu-se à importação de videiras americanas, cujas raízes não eram atacadas por esta doença. Porém, ao solucionar este problema, criou-se um outro, dado que se atribui às videiras americanas a propagação do Míldio, doença que se tem mantido até os nossos dias e que origina custos elevados nos cuidados e protecção da vinha.
A mais sã, pois num vinho normal não existem micróbios que nos causem doenças, o que não acontece, por exemplo, com a água. Uma bebida higiênica pois, tomada nas devidas proporções, contribui para a nossa saúde.
Concorre ainda para a nossa alimentação, visto que contém substâncias minerais diversas. É contudo necessário tomá-lo com: conta, peso e medida.
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